quarta-feira, 25 de junho de 2008

Blowing in the wind



Aaliyah pode ser considerada a mãe da Rihanna, a tia da Alicia Keys e, mais importante, a primeira grande putinha do Timbaland, muito antes de Justin Timberlake e afins.

Ela foi a moça dourada do R&B no final dos platinados anos noventa, e acabou explodindo junto com um avião particular enquanto voltava do Bahamas - o país, não a saudosa casa noturna de Oscar Maroni Filho.

Timbaland já demonstrava toda sua originalidade e suingue preparando as bases do que ele construiria na década seguinte. Usando, aliás, essas mesmíssimas bases o tempo todo. "Try Again" nada mais é do que uma versão mais tosca dos sambalanços recentes de Madonna, Justin, Nelly Furtado e 77% do cast das gravadoras americanas.

Que descanse em paz, Aaliyah! Seu legado permanece vivo através do seu milionário produtor picareta.

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A seção Cantoras Mortas é uma maneira de homenagear todas as talentosas gatinhas sinceras que já partiram dessa para uma melhor. O estalo veio a partir da notícia de que Amy Winehouse estaria no bico do corvo, então seria simpático ter uma cova preparada para a moça desde já. Voltamos a qualquer momento com alguma defunta de voz macia e aveludada, além de um senso estético perspicaz.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Dez canções para um amor sincero

Colegas, fiz essa mixtape emocionante com 10 músicas infalíveis para este dia dos namorados . Sim, é o Vai trabalhar, vagabundo chegando novamente atrasado nos assuntos da semana.



. Black Keys - Girl is on my mind
Uma tradução simples e honrada das regras da atração.

. 311 - Love Song
"Sempre que eu tô sozinho contigo, tu me faz sentir em casa novamente". A turminha do 311 entendeu o dia dos namorados.

. Lobão - Vou te levar
É um romântico incorrigível esse Lobão, um dos melhores."Nosso orgulho, um do outro, olhando pra lente como quem dissesse 'não queremos mais nada nesse mundo'".

. Jorge Ben - Adelita
"Ela é magnética", brada Jorge. Isso que é amor!

. MGMT - Electric Feel
Uma das melhores músicas da década contextualiza: "é pra isso que o mundo serve - fazer eletricidade".

. Paulo Miklos - O que você me diz?
Ele e o Lobão são os dois grandes ícones do Rock Tiozinho por aqui, e dificilmente erram o alvo. "Eu aposto em mim e em você". Épico!

. Wilco - Hate it here
Podia fazer umas 173 mixtapes sobre amor só com composições de Jeff Tweedy. Essa música, em especial, é de uma beleza sublime. "Eu odeio este lugar desde que tu picou a mula". Vamos chorar.

. Arlindo Cruz - Pra ser lembrado depois
Tal e qual Jeff Tweedy, o grande Arlindo tem pelo menos sete mil músicas excelentes para a data. Preferi essa que é uma espécie de Guia Prático do Amor Saudável, parece receita de vatapá.

. Vavá - Ainda é cedo pra dizer bye-bye
A versão mais famosa dessa canção é na voz do Belo, mas o Vavá manda igualmente bem aqui. É sobre o desamor perdendo mais uma vez. O título da canção é o nome do meu segundo romance, com fortes influências de Zíbia Gasparetto. Aguardem novidades.

. mundo livre s\a - Inocência
Umas das canções mais QUOTABLES da história. "Diga adeus ao mundo dos livres, seus dias de rei da noite definitivamente ficaram no passado". E a rigor seria isso...

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Gatinhas vintage estilo 1996

Principalmente depois que inventaram o Mark Ronson e o pop ficou mais cheio de balanço, o som da Sara Bareilles soa extremamente vôzinho, careta e retrógrado. A mistura de Fiona Apple com Lisa Loeb pode deixar os amantes da sacarose ainda mais diabéticos.

Mas a moça tem lá seu valor. Além da popularidade nível Aviões do Forró de "Love Song", acho que a grande pepita da mocinha é mesmo "Love on the rocks". Apesar de parecer com qualquer coisa que talvez tocasse no Baba MTV durante os tediosos anos noventa, a interpretação de uma historinha razoavelmente interessante acaba prendendo a atenção do caboclo durante 4 minutos e 13 segundos.

O resto do disco é tão interessante quanto a foto da moça. É até legalzinho, embora a napa seja meio fora de ocasião.



Cotação: meia Aimmee Mann, de nenhuma Beth Orton possível

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Anywhere I lay my eyes



Já saiu faz um tempinho, e a essa altura do campeonato todo mundo já deve ter deletado o primeiro disco da Scarlett Johansson. Mas gostei bastante do disco, ele parece ter outras funções além de adicionar o nome da moça no campo "música" do Orkut, além dos clássicos "filmes", "paixões" e "cozinhas".

O disco remete ao projeto Bossa n' Stones, um clássico da farofa em que um bando de artistas ruins estragam músicas dos Rolling Stones - e ainda assim o resultado é muito legal.

O talento da moça pode não ser a música, talvez não seja nem o cinema. Mas palmas para Scarlett Johansson, continua mandando muito bem, ainda que de uma maneira errada.

Cotação: dois melões, (além) de uma melancia possível