segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Uma brasa, mora

Todo mundo sabe que eu sou um dos mais antigos fãs vivos do Arnaldo Branco. E todo mundo conhece o Capitão Presença, o auge da criatividade emaconhada nacional. Esse gibi traz o fino da bossa. Quer dizer, acho que fino não é bem o termo.

Bom, recomendo inclusive para caretas como eu, porque piada engraçada é piada engraçada, não importa a substância envolvida. E ainda vale meio que como um manual de pedidas novas pra usar naquela rodinha de amigos maconheiros que tu inevitavelmente vai encontrar na Mole. Eles podem até já conhecer todas, mas vão rir de novo.

Cotação: Sete Akunduns, de cinco possíveis

Continuando no tema gibis caros e drogas ilícitas, poucas coisas são tão legais quanto essa série que reuniu, durante 13 edições, o careta do Lanterna Verde com o reacionário maluco Arqueiro Verde.

Eram os loucos anos setenta, e o roteirista Denny O'neal resolveu destilar todo seu panfletarismo escroto através de uma viagem entre os dois heróis verdolengas através dos Estados Unidos. Ótima sacada para criticar os famigerados lenhadores, as seitas estilo Charles Manson, os racistas pau no cu, e a caretice dos heróis da época. O destaque é sempre o Arqueiro Verde, que é o maior tiozão presepeiro, em contraste ao carola Hal Jordan, o Lanterna Verde que sempre quer contar tudo pra mamãe.

A história que mais ficou famosa dessa fase foi a clássica UM HERÓI BEM APLICADINHO, que mostra o parceirinho mirim do Arqueiro, o 'Ricardito', tomando vários picos com uma pica no cu. O mais legal é a justificativa do jovem mancebo para ter cedido à tentação das drogas: seu amigo de arco e flecha o havia abandonado às traças para fazer a road trip com o cara do anel verde.

O Arqueiro Verde ainda mostra sua faceta Oliver Queen Pereio no seu incrível romance com a Canário Negro. Palmas para quem traduziu essa porra, pois mantiveram todas as gírias legais da época. Um nobre herói esmeralda falando "Você tá mais por fora que umbigo de vedete, bicho" para o outro é certamente um momento mágico das hqs.

As histórias são bem trouxas, mas é sempre engraçado ler essas histórias hoje em dia. Os desenhos do Neal Adams são sensacionais, e a Panini compilou a série toda em 2 encadernados bonitões.

Cotação: 37 Estados, de 50 possíveis

4 comentários:

  1. Ah, moleque. Mostra o livro praquela mina que joga frescobol na Mole cuja bunda sempre estampa a tradicional matéria sobre chegada do verão no Diário Catarinense. Tá ligado?

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  2. To ligado!!!

    E uma pena o Denis Oneal e o Neal adams nao terem se manifestado neste topico.

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  3. gostei muito daqui...gostei da musica do Mauricio...vi por indicacao de alguem...mas nao sei quem mais..

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  4. CAPITÃO PRESENÇA É PÉSSIMO.
    NEM FUMANDO MACHONHA É POSSIVEL LER ESSE LIXO!

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