- Charles Dickens sobre Os Vingadores.

Quase inevitável falar de Vingadores e citar o Batman de Cristopher Nolan. E o filme vai parecer tão bom quanto possível caso você odeie o Batman de Cristopher Nolan, mas vai parecer detestável caso você adore o Batman de Cristopher Nolan.
A Nova York alucinada da Marvel Comics, que funciona como uma filial de Tókio sendo invadida por mais de uma horda de perigos extradimensionais por semana, é entretenimento cretino sem muito medo de parecer assim. Você sabe o que procura ali, e é exatamente o que você encontra.
Já na Gotham City do Cristopher Nolan - ou do Frank Miller, ou do Grant Morrison, ou do Dennis O'Neil, você vai conhecer o que o Caronte da ocasião achar melhor. Quase sempre com muito texto, subtexto e hiperlink, pois estamos falando de arte (ainda que seja a nona arte). O resultado costuma ser cretino, mas com muito medo que alguém perceba.
A Marvel é o pagode dos super-heróis. O pastiche sobre-humano das complicações da vida humana.
E, assim sendo, é como se o filme dos Vingadores fosse o show de despedida do Exaltasamba. Épico, inesquecível, muito divertido - e vai garantir pelo menos umas 10 continuações antes de acabar de verdade.
Só tenho a parabenizar todos os envolvidos.