
Vaca é a sua mãe, Sílvio
Confesso que mais li a respeito de Mallu Magalhães do que de fato ouvi. Passei uma ou duas vezes pelo MySpace da menina, que durante algumas horas foi o lugar mais legal da internet, mas as histórias em torno do mito MM sempre foram muito mais legais que as canções.
Aquele papo do desenho para o Bob Dylan, o próprio fato dela desenhar aquelas coisas horríveis, o estilo de se vestir totalmente Menino Maluquinho, as sapatilhas bicolores, o fracasso em premiações, o namoro com o cara que tem aquela baratona na cara, e agora esse relacionamento esquisitão com o Marcelo Camelo. Isso é muito mais legal que qualquer música que a mocinha possa ter bolado desde o começo da produção de Chinese Democracy pra cá.
Digo isso depois de ouvir o recém-vazado disco de estréia. Ela é tipo a Paris Hilton, ainda que a pequena Mallu não tenha um hit do quilate de Stars Are Blind.
É notável que ela goste de todos esses sons legais tão novinha, mas o resultado do que ela faz não é diferente daquelas meninas confusas que se vestem da mesma maneira que os personagens de mangá preferidos.
O disco da Mallu é um cosplay folk. Ela não criou nada, não fez nada remotamente relevante, mas acham legal porque, oh, ficou bonitinho.
Cotação: ainda nenhum sutiã, de um primeiro sutiã possível