
Amy Winehouse foi na opinião deste diário(*) o melhor achado da música internacional. Grande cantora, ouvi Back to Black e Frank quase todo dia desde janeiro pra cá. Também gosto do estilo 'mato hamsters ministrando crack', e espero que ela perca ainda mais dentes antes de entrar em estúdio para um eventual disco póstumo.
O disco do ano, vocês sabem, foi do Wilco. E eles vem para o Brasil em maio, o que quer dizer que dias melhores virão, e desculpem por citar Jota Quest novamente.
Jogando em casa, o Babado Novo, devo admitir, fez bonito. Ver-te mar teve quase tudo o que gostaríamos que uma banda de axé tivesse, só faltou a Claudinha Leitte pelada. Ficamos no aguardo do fracasso da carreira solo e do posterior renascimento artístico na Brasileirinhas.
Falando nisso, a Ivete Sangalo participou de basicamente todas as campanhas publicitárias do ano, inclusive mostrando uma faceta Phil Collins na da Philips. E eu tive que procurar no google por sense e simplicity para lembrar que era da Philips, tanta Ivete Sangalo no intervalo dos nossos programas preferidos acaba causando certa confusão.
As traquitanas tecnológicas foram o pretinho básico do ano, e a baixaria só começou. Meu iphone não aceita chamadas a cobrar, pois pobres não foram desbloqueados na versão 1.1.2,5.
Tropa de Elite foi o grande filme do ano, tão grande que couberam o ego e o superego do Wagner Moura. De negativo, o ressurgimento do Tihuana. A banda ficou muito feliz em finalmente se tornar uma banda de um hit só, pelo menos agora eles tem algo pra mostrar no currículo quando forem tentar emprego na Catho.
Na televisão, ninguém teve mais catiguria que o doutor House MD, seguido de perto, ainda que não de uma maneira homicida, pelo serial killer Dexter. São tão bons que parecem ter sido escritos pelo Rivellino, tamanha a quantidade de elásticos que os programas dão no telespectador.
Se House e Dexter são Rivellino, Lost é Luxemburgo. Foram tantos nós táticos nessa terceira temporada que em 2008 Jack, Kate, Locke e companhia perigam parar no Palmeiras.
E no mundinho virtual, essa história de que o Kibe Loco plagia outros blogs, tudo mentira. O cara está apenas apoiando a greve dos roteiristas praticando seu próprio não-trabalho.
(*) Sim, e este foi o ano em que voltamos a nos ver diariamente. Menos aos domingos, que é o dia em que eu teria que postar virado para Roma, e isso trairia alguns dos meus mais queridos princípios ideológicos. Ainda assim é uma rotina mais interessante que segunda a sexta esporro na escola, sabadabado e domingo soltar pipa e jogar bola.
Este vagabundo confesso entra em recesso até o primeiro ou segundo dia de janeiro, então até lá continuem com o bom trabalho. A todos, um ano novo de muita noz-moscada, páprica, papoula e pimenta caiena. Tempere a vida, diria Pedro Bial. Ou Victoria Beckham? Ademã.